marketing para transportadoras

O setor de transportes passa por uma transformação profunda em 2025. Com inflação elevada, juros altos e investimentos bilionários em infraestrutura, empresas do ramo enfrentam o desafio de crescer mesmo diante de um cenário econômico instável. Nesse contexto, o marketing para transportadoras torna-se uma ferramenta estratégica para gerar autoridade, ampliar a presença digital e conquistar novos contratos de forma estruturada.

A movimentação do mercado é intensa. A concessão da BR-163/MS, arrematada em maio deste ano por R$16,5 bilhões, e o avanço do Plano Nacional de Logística indicam um ciclo de expansão no setor. 

Ao mesmo tempo, cresce a pressão por eficiência, automação e sustentabilidade. Tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e big data passam a fazer parte do dia a dia das transportadoras — e o marketing precisa acompanhar essa evolução.

Investir em marketing digital, presença qualificada nos buscadores e canais estratégicos é, hoje, mais do que uma escolha: é uma resposta necessária à alta competitividade do setor logístico. 

Neste artigo, vamos analisar como as transportadoras podem usar o marketing de forma eficiente para atrair clientes, aumentar o reconhecimento da marca e se destacar em um mercado em constante transformação.

Marketing Para Transportadoras: por que vale a pena investir?

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O comportamento de empresas que contratam serviços logísticos mudou consideravelmente

Hoje, o cliente B2B busca informações antes mesmo de entrar em contato com uma transportadora. A jornada começa com uma pesquisa no Google, passa pela avaliação de sites e perfis nas redes sociais e só então avança para a negociação.

Nesse cenário, uma empresa que não aparece nas buscas, não tem um site funcional e não demonstra autoridade perde espaço. O marketing ajuda a posicionar a transportadora como referência, transmite confiança e gera oportunidades comerciais de forma contínua.

O investimento em comunicação e relacionamento fortalece a reputação da marca, diferencia a empresa da concorrência e abre caminho para novas parcerias. 

Em um setor onde a confiança é decisiva, a presença digital bem estruturada é um ativo estratégico.

E, sinceramente, estamos diante de uma mina de ouro dos negócios quando o assunto é negócios em ambiente digital. Porque é possível aumentar a demanda de forma sustentável, em níveis que a sua própria empresa não havia planejado. 

No mundo todo, as pessoas realizam cerca de 16 bilhões de buscas dentro do Google todos os dias. Dos mais variados temas e assuntos.

Podem ser notícias, curiosidades, produtos, serviços, enfim. 

No Brasil, especificamente, são 35,3 milhões de visitas diárias ao Google, seja pelo computador, tablets ou smartphones. É um número a se considerar, concorda?

E por qual motivo a sua empresa não está nesse meio? É o mesmo que inserir uma capa de invisibilidade, gerando menos venda, menos percepção de marca e menos afinidade com o seu público-alvo. 

Sim, é clichê, mas no digital o termo “quem não é visto, não é lembrado” nunca fez tanto sentido.

Para isso, precisamos entender quais são os pilares do marketing e como são aplicados para a realidade das transportadoras. 

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Os pilares do marketing digital para transportadoras

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Presença digital sólida

Toda e qualquer estratégia de marketing, para qualquer negócio, começa com a elaboração de uma presença digital profissional e sólida. Para tanto, precisamos desenvolver um site claro, compatível com dispositivos móveis e atualizado frequentemente, pois assim o seu negócio transmite credibilidade e facilita o contato com potenciais clientes. 

Quando falamos em atualização constante, referimos à inserção de um blog corporativo, com a produção de conteúdos que permeiam o seu negócio e apresentem a sua solução como a melhor do mercado. 

É importante incluir informações institucionais, serviços oferecidos, diferenciais competitivos e canais diretos para solicitação de orçamentos, como formulários, números de telefone e botão do WhatsApp.

Ferramentas como Google Meu Negócio e Bing Places for Business, da Microsoft, fortalecem a visibilidade local e aumentam as chances de a empresa aparecer nas primeiras posições das buscas. 

Estar no mapa, com horário de atendimento, telefone e endereço validados, é o diferencial destes serviços, que são gratuitos.

Nas redes sociais, os perfis empresariais devem refletir profissionalismo, com identidade visual padronizada, publicações regulares e foco em conteúdo que agregue valor.

Neste caso em específico, avalie o seu público-ideal e em qual rede social eles são mais engajados. 

É mais inteligente você alocar a sua energia onde o público se encontra, do que gastar tempo em outros. 

Por exemplo, se o seu cliente ideal é do meio B2B, seja um diretor, fornecedor, que seja, provavelmente ele estará no LinkedIn, e não no TikTok ou Instagram. 

Agora, se sua empresa vende para consumidor final – por exemplo, uma transportadora de mudanças – aí sim faz mais sentido estar nas redes da Meta ou TikTok. 

Conteúdo educativo e estratégico

A produção de conteúdo é um dos métodos mais eficientes para atrair leads qualificados. Posts no blog, artigos técnicos, e-books e guias ajudam a educar o mercado e demonstrar expertise.

Uma transportadora que publica conteúdos sobre gestão de frete, eficiência logística ou boas práticas operacionais mostra que entende do assunto e oferece mais do que apenas transporte: entrega conhecimento.

Tráfego pago com foco em resultados

As campanhas de mídia paga — principalmente no Google Ads — são eficientes para gerar tráfego qualificado, especialmente quando focadas em palavras-chave relacionadas a serviços logísticos específicos e localizados.

Mesmo com orçamentos modestos, é possível rodar anúncios segmentados para empresas que pesquisam por transporte de cargas, distribuição regional ou soluções de logística integrada.

E quando falamos em orçamentos modestos, estamos falando de algo do tipo R$20 por dia para disparo de anúncios.

O segredo está no planejamento: escolha de palavras-chave de intenção comercial, segmentação geográfica e páginas de destino otimizadas.

Ainda, existem técnicas eficazes de remarketing e retargeting que fazem toda a diferença, aumentando as chances de venda trazendo clientes de volta para a sua página.

Além do Google Ads, é possível anunciar dentro das redes sociais da Meta (Facebook, Instagram, Messenger e Threads) e outras plataformas como LinkedIn e Pinterest. 

Foque no seu nicho, entenda onde o seu cliente está, antes de executar a sua estratégia.

Relacionamento e fidelização no B2B

No ambiente B2B, a venda nem sempre é imediata. Por isso, o relacionamento com leads e clientes precisa ser constante. Uma forma de manter relacionamento é adotando estratégias de e-mail marketing, cadência de follow-ups, remarketing e pós-venda, pois são ações que mantêm a transportadora presente na mente do cliente.

Fidelizar custa menos do que conquistar um novo cliente. Além disso, um cliente satisfeito tende a indicar a transportadora para outros parceiros, ampliando o alcance de forma orgânica.

Ensinamos aqui maneiras de como você pode vender mais fretes para a sua transportadora com estratégias de marketing.

Estratégias práticas para atrair, converter e fidelizar clientes

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Existe uma técnica dentro do marketing chamada funil de vendas. O que seria isso?

O funil de vendas é um modelo estratégico que representa visualmente a jornada do cliente desde o primeiro contato com a empresa até o fechamento da venda. 

Ele simboliza todo o processo de conversão de potenciais clientes em clientes reais, acompanhando as etapas da jornada de compra do consumidor.

Aplicar o funil de marketing ao setor de transportes significa mapear a jornada do cliente desde o primeiro contato até o fechamento do contrato e o pós-venda.

O funil é dividido em três etapas principais, que refletem o nível de interesse e maturidade do cliente em relação à decisão de compra. Veja abaixo:

O funil de vendas permite segmentar os potenciais clientes conforme seu estágio na jornada, possibilitando aplicar estratégias e comunicações específicas para cada momento. 

Isso ajuda a melhorar a conversão de leads em oportunidades e, finalmente, em vendas efetivas, além de possibilitar previsões de novos clientes e otimizar o relacionamento com o público. 

Você pode manter e alimentar o relacionamento com o cliente utilizando um bom software CRM. 

Métricas e indicadores que importam para as transportadoras

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As métricas de marketing representam muito mais do que simples números em planilhas – elas são a bússola que orienta empresas de transporte na navegação pelo complexo cenário competitivo atual. 

No universo das transportadoras, onde margens operacionais são frequentemente apertadas e a concorrência é acirrada, essas métricas funcionam como indicadores vitais que revelam não apenas a saúde financeira das campanhas, mas também a sustentabilidade do negócio a longo prazo.

Diferentemente de outros setores, as transportadoras enfrentam desafios únicos que tornam o acompanhamento de métricas ainda mais crítico. 

A natureza B2B predominante do setor, os ciclos de vendas mais longos, a dependência de relacionamentos duradouros com clientes e a necessidade de equilibrar custos operacionais com investimentos em marketing criam um ambiente onde cada real investido precisa ser cuidadosamente monitorado e otimizado.

Essas métricas servem como ferramentas de diagnóstico que permitem identificar gargalos no funil de vendas, avaliar a efetividade de diferentes canais de marketing, compreender o comportamento do cliente e, fundamentalmente, tomar decisões baseadas em dados concretos ao invés de achismo. 

Para uma transportadora, isso significa a diferença entre crescimento sustentável e desperdício de recursos em ações que não geram retorno tangível.

Custo por Lead (CPL): a base da eficiência comercial

O Custo por Lead representa um dos pilares fundamentais para compreender a eficiência das estratégias de captação de clientes potenciais. 

Esta métrica vai muito além de uma simples divisão matemática entre investimento e número de leads gerados – ela revela insights profundos sobre a qualidade das campanhas, a assertividade da segmentação de público e a adequação da mensagem ao mercado-alvo.

Para transportadoras, o CPL assume características particulares devido à natureza específica do setor. Diferentemente de produtos de consumo, os serviços de transporte envolvem decisões mais complexas, períodos de avaliação mais longos e múltiplos tomadores de decisão dentro das empresas clientes. 

Isso significa que um lead para uma transportadora não é apenas um formulário preenchido ou um contato estabelecido, mas sim uma empresa que demonstrou interesse genuíno em terceirizar ou melhorar seus processos logísticos.

A análise do CPL deve considerar diferentes canais de aquisição. Leads oriundos de marketing digital podem ter um custo diferente daqueles gerados por indicações, feiras do setor ou ações de marketing direto. 

Uma transportadora especializada em e-commerce, por exemplo, pode descobrir que seus leads mais qualificados vêm de webinars sobre logística reversa, mesmo que o CPL seja ligeiramente mais alto do que outras fontes.

A qualificação dos leads é outro aspecto importante. Um CPL baixo pode ser enganoso se os leads gerados não possuem potencial real de conversão. 

É fundamental implementar sistemas de scoring (pontuação) que avaliam critérios como porte da empresa, volume de envios, localização geográfica e necessidades específicas de transporte. 

Uma transportadora que consegue manter um CPL de R$50 com leads altamente qualificados está em posição muito superior àquela com CPL de R$20 mas com leads de baixa qualidade.

Taxa de Abertura de E-mail Marketing: como construir relacionamentos duradouros

No setor de transportes, onde relacionamentos comerciais tendem a ser duradouros e baseados em confiança, a taxa de abertura de emails vai muito além de um simples indicador de engajamento. 

Ela reflete a qualidade do relacionamento estabelecido com prospects e clientes, a relevância do conteúdo oferecido e a força da marca no mercado.

Uma taxa de abertura consistentemente alta indica que a empresa conseguiu estabelecer-se como fonte confiável de informações para seu público-alvo

Isso é particularmente importante para transportadoras, pois decisores do setor logístico valorizam fornecedores que demonstram conhecimento técnico e oferecem insights valiosos sobre tendências do mercado, regulamentações e melhores práticas.

A segmentação de listas torna-se fundamental neste contexto. Uma transportadora pode ter diferentes personas: gestores de logística de e-commerces, diretores de supply chain de indústrias, proprietários de pequenos negócios que necessitam de serviços de entrega. 

Cada segmento tem necessidades, linguagens e momentos de comunicação específicos. Analisar a taxa de abertura por segmento permite identificar quais abordagens ressoam melhor com cada público.

O tempo dos envios também assume importância especial no setor de transportes. 

Gestores de logística têm rotinas específicas, períodos de maior demanda sazonal e momentos de planejamento estratégico. 

Uma campanha enviada na segunda-feira de manhã pode ter performance completamente diferente da mesma campanha enviada na quinta-feira à tarde.

Além disso, a personalização vai além do nome do destinatário. Incluir informações relevantes como rotas específicas, tipos de carga ou desafios regionais pode aumentar significativamente as taxas de abertura. 

Uma transportadora que consegue manter taxas de abertura acima de 25% em comunicações regulares demonstra alto nível de relacionamento com sua base.

Retorno sobre Investimento (ROI): O termômetro da viabilidade

O ROI representa o santo graal das métricas de marketing, especialmente para transportadoras que operam com margens operacionais desafiadoras. 

Contudo, calcular o ROI real no setor de transportes requer uma compreensão sofisticada dos ciclos de vendas, do valor do cliente ao longo do tempo e dos custos operacionais associados à prestação de serviços.

A fórmula tradicional do ROI (Receita – Custo / Custo × 100) precisa ser adaptada para refletir as particularidades do setor. 

Para uma transportadora, a “receita” não se limita ao valor imediato do contrato fechado, mas deve considerar o potencial de receita recorrente, a possibilidade de expansão dos serviços e até mesmo o valor das indicações que aquele cliente pode gerar.

Um cliente que contrata inicialmente serviços de transporte rodoviário pode, ao longo do relacionamento, demandar serviços adicionais como armazenagem, cross-docking, ou logística reversa

O ROI inicial da campanha que trouxe esse cliente deve considerar todo esse potencial, não apenas a primeira transação.

A temporalidade é outro fator de peso. Enquanto campanhas de marketing digital podem gerar resultados em semanas, investimentos em relacionamento institucional, participação em feiras ou desenvolvimento de parcerias estratégicas podem levar meses para se materializar em contratos. 

Uma análise de ROI madura deve considerar diferentes horizontes temporais e estabelecer marcos intermediários de avaliação.

Para transportadoras que atendem diferentes segmentos, é essencial calcular o ROI por vertical de mercado

O investimento para conquistar um cliente do agronegócio pode ter ROI completamente diferente do investimento para captar empresas de e-commerce, devido às diferenças em volume, frequência e complexidade dos serviços demandados.

Ticket Médio: maximizando o valor por cliente

O ticket médio nas transportadoras transcende o conceito tradicional de valor médio por transação. 

Ele representa um indicador estratégico que revela não apenas o valor imediato dos serviços prestados, mas também a capacidade da empresa de agregar valor, expandir relacionamentos e posicionar-se como parceiro logístico integral dos clientes.

No contexto das transportadoras, o cálculo do ticket médio deve considerar a diversidade de serviços oferecidos. 

Uma empresa que fornece apenas transporte básico terá um ticket médio diferente daquela que oferece serviços agregados como embalagem, etiquetagem, gestão de estoque ou logística de última milha

A análise deve segmentar esses diferentes tipos de serviço para identificar oportunidades de crescimento.

A sazonalidade impacta significativamente o ticket médio no setor de transportes. 

Empresas que atendem o varejo podem ver variações dramáticas entre períodos normais e épocas como Black Friday, Natal ou volta às aulas. 

Compreender esses padrões permite não apenas projeções mais precisas, mas também estratégias de marketing mais assertivas para maximizar receita nos períodos de pico.

A análise por tipo de cliente revela insights valiosos. Pequenas empresas podem ter tickets individuais menores, mas maior frequência de envios. 

Grandes corporações podem ter tickets maiores, mas com negociações mais complexas e períodos de pagamento mais longos. 

Essa compreensão permite estratégias diferenciadas de abordagem comercial e desenvolvimento de produtos.

Uma estratégia sofisticada de aumento do ticket médio envolve o desenvolvimento de pacotes de serviços complementares. 

Uma transportadora pode começar oferecendo apenas transporte básico, mas gradualmente introduzir serviços como seguro especializado, rastreamento premium, entrega agendada ou logística reversa, aumentando o valor agregado e, consequentemente, o ticket médio.

Taxa de Conversão: transformando interesse em negócios

A taxa de conversão para transportadoras é um indicador multifacetado que revela não apenas a eficiência do processo comercial, mas também a adequação da proposta de valor ao mercado, a qualidade do lead qualification e a competência da equipe de vendas em apresentar soluções que atendam às necessidades específicas dos prospects.

No setor de transportes, o processo de conversão raramente é linear. Um prospect pode demonstrar interesse, solicitar cotações, avaliar propostas, negociar condições, realizar testes piloto e só então fechar contrato. 

Cada etapa desse funil tem suas próprias métricas de conversão que devem ser monitoradas independentemente. 

A conversão de lead para oportunidade qualificada pode ter uma taxa, enquanto a conversão de proposta apresentada para contrato fechado pode ter outra completamente diferente.

A complexidade dos serviços de transporte exige que a equipe comercial possua conhecimento técnico profundo. 

A taxa de conversão pode revelar lacunas de conhecimento da equipe sobre regulamentações específicas, tipos de carga especializados ou soluções logísticas inovadoras

Uma taxa de conversão baixa em determinado segmento pode indicar necessidade de capacitação ou contratação de especialistas.

A personalização da abordagem comercial impacta diretamente na conversão. 

Uma proposta genérica para uma empresa de produtos perecíveis não terá a mesma efetividade de uma apresentação que aborda especificamente desafios de temperatura controlada, certificações necessárias e logística reversa para produtos com prazo de validade vencido.

O follow-up assume importância crítica no setor de transportes, onde decisões podem levar meses para serem tomadas. 

Uma estratégia eficaz de nutrição de leads, com conteúdo relevante e contatos regulares não invasivos, pode impactar significativamente as taxas de conversão ao longo do tempo.

Taxa de Churn: preservando relacionamentos valiosos

O churn em transportadoras possui características particulares que o distinguem de outros setores. 

Clientes raramente cancelam serviços de transporte de forma abrupta; geralmente há um processo gradual de redução de demanda, teste de fornecedores alternativos ou renegociação de condições

Compreender esses sinais precoces é fundamental para implementar estratégias eficazes de retenção.

A análise de churn deve considerar diferentes tipos de perda de clientes. Existe o churn involuntário, quando empresas clientes encerram atividades ou reduzem drasticamente operações. 

Há o churn competitivo, quando clientes migram para concorrentes por questões de preço, qualidade ou serviços adicionais. 

E, por fim, existe o churn estratégico, quando clientes decidem internalizar operações logísticas.

Cada tipo de churn requer abordagens diferentes de prevenção. Para um churn competitivo, pode ser necessário revisar a estrutura de preços, investir em melhorias operacionais ou desenvolver novos serviços

Para churn estratégico, a empresa pode considerar parcerias ou modelos híbridos que mantenham parte do relacionamento comercial.

O timing da análise de churn é igualmente importante. Indicadores como redução progressiva no volume de envios, atrasos nos pagamentos, reclamações frequentes ou redução na frequência de comunicação podem sinalizar risco de churn muito antes da perda efetiva do cliente. 

Implementar sistemas de early warning permite ações proativas de retenção.

A segmentação de clientes por valor também é fundamental na análise de churn. 

A perda de um cliente que representa 2% da receita tem impacto diferente da perda de um cliente que representa 15%. 

Estratégias de retenção devem ser proporcionais ao valor do relacionamento, com investimentos mais significativos para preservar contas estratégicas.

Indicadores Logísticos Complementares: a ponte entre operação e marketing

Os indicadores operacionais em transportadoras não são meramente métricas internas – eles impactam diretamente na efetividade das estratégias de marketing e na capacidade de atração e retenção de clientes. 

A taxa de entregas no prazo, por exemplo, não é apenas um KPI operacional, mas um diferencial competitivo que pode ser utilizado em campanhas de marketing e como argumento de vendas.

A integração entre métricas operacionais e de marketing cria um ciclo virtuoso. 

Altas taxas de entregas no prazo geram maior satisfação do cliente, que por sua vez resulta em maior propensão a indicações (reduzindo o CPL), maior retenção (reduzindo churn) e potencial aumento do ticket médio através de confiança para expandir o relacionamento comercial.

O índice de avarias tem impacto direto na reputação online da empresa, afetando não apenas a retenção de clientes atuais, mas também a capacidade de atração de novos prospects através do marketing digital. 

Uma única avaria mal gerenciada pode gerar reviews negativos que impactam a conversão de leads por meses.

O fator de cubagem e a otimização de rotas não apenas impactam a margem operacional, mas também permitem ofertas mais competitivas, melhorando as taxas de conversão em propostas comerciais. 

Uma transportadora que consegue otimizar a cubagem pode oferecer preços mais agressivos sem comprometer a rentabilidade, criando vantagem competitiva sustentável.

A rastreabilidade e transparência operacional se tornaram elementos de marketing. 

Clientes valorizam fornecedores que oferecem visibilidade completa sobre o status das entregas, transformando o que antes era apenas uma necessidade operacional em diferencial de marketing

Empresas que investem em tecnologia de rastreamento avançado podem utilizar isso como argumento de vendas e elemento de diferenciação em campanhas de marketing.

Integração Estratégica: criando um sistema coeso de indicadores

A verdadeira eficiência na gestão de métricas para transportadoras surge da integração inteligente entre todos esses indicadores, criando um dashboard executivo que oferece visão holística do negócio. 

Essa integração permite identificar correlações importantes, como o impacto do CPL na qualidade do churn ou a relação entre taxa de abertura de emails e ticket médio.

A análise integrada também revela oportunidades de otimização cruzada. 

Uma campanha que gera alto volume de leads com CPL baixo, mas baixa taxa de conversão, pode indicar necessidade de melhor qualificação inicial ou ajustes na abordagem comercial. 

Por outro lado, alta taxa de conversão com alto CPL pode sugerir oportunidade de expandir investimentos no canal, desde que o ROI permaneça atrativo.

A criação de alertas automáticos baseados na combinação de métricas permite gestão proativa. 

Se a taxa de abertura de emails diminui drasticamente para um segmento específico de clientes, combinada com aumento no churn rate desse mesmo segmento, isso pode indicar problemas operacionais ou competitivos que requerem atenção imediata.

Finalmente, a evolução desses indicadores ao longo do tempo revela tendências estratégicas fundamentais para o planejamento de longo prazo. 

Uma transportadora que observa aumento consistente no ticket médio, mantendo baixo churn e ROI saudável, está construindo um negócio sustentável e pode considerar investimentos mais agressivos em crescimento.

A gestão eficaz dessas métricas transforma dados em insights acionáveis, permitindo que transportadoras não apenas sobrevivam no mercado competitivo atual, mas prosperem através de decisões fundamentadas em evidências concretas rather than intuição ou práticas ultrapassadas do setor.

Comece com pouco: estrutura mínima viável de marketing

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No setor de transporte e logística, estabelecer uma presença digital sólida não é mais opcional, mas sim uma necessidade estratégica para competir no mercado atual. 

Uma transportadora que deseja prosperar no ambiente digital precisa construir uma estrutura mínima de marketing que combine eficiência operacional com comunicação assertiva. 

Por isso, entenda quais são os pilares fundamentais de uma estrutura mínima de marketing digital. 

Os Três Pilares Fundamentais

Site Institucional Otimizado 

O site funciona como o centro de operações digitais da transportadora, servindo como vitrine principal para apresentar serviços, rotas atendidas, frota disponível e diferenciais competitivos. 

Para o setor de transporte, é essencial que o site contenha informações claras sobre tipos de carga transportada, prazos de entrega, cobertura geográfica e sistema de rastreamento. 

A otimização para mecanismos de busca (SEO) permite que potenciais clientes encontrem a empresa ao pesquisar por “transportadora [cidade]” ou “frete para [destino]”, aumentando significativamente a geração de leads qualificados.

Presença Estratégica em Redes Sociais 

Para transportadoras, o LinkedIn emerge como plataforma prioritária por conectar diretamente com tomadores de decisão empresariais, enquanto o Facebook e Instagram são ideais para humanizar a marca e mostrar a operação em tempo real. 

O conteúdo deve focar em cases de sucesso, entregas realizadas, cuidados com a carga e depoimentos de clientes satisfeitos. 

Essa estratégia constrói credibilidade e demonstra a capacidade operacional da empresa, fatores cruciais para conquistar novos contratos no setor logístico.

Confira sempre as análises de métricas das redes com softwares de gestão. 

Email Marketing Segmentado 

A comunicação direta via email permite manter relacionamento próximo com clientes ativos e nutrir potenciais contratantes com informações relevantes sobre rotas, promoções sazonais, novos serviços e atualizações do mercado de frete. 

Para transportadoras, a segmentação por tipo de carga, região atendida ou porte do cliente potencializa significativamente as taxas de conversão e fortalece o posicionamento como parceiro logístico confiável.

Planejamento e Mensuração

Antes de implementar qualquer ação, a transportadora deve definir objetivos claros (aumento de contratos, expansão geográfica, diversificação de serviços), mapear seu público-alvo (indústrias, e-commerces, atacadistas) e estabelecer indicadores de performance como custo por lead, taxa de conversão de cotações e lifetime value dos clientes. 

A flexibilidade para adaptar estratégias conforme resultados e mudanças do mercado de frete garante que os investimentos em marketing digital gerem retorno consistente e sustentável.

Conquiste mais clientes em 2025 com presença digital

Em um setor competitivo como o de transportes, o marketing deixou de ser uma opção e passou a ser parte da base da empresa. Estar presente no ambiente digital, construir autoridade e manter uma comunicação ativa com o mercado são ações fundamentais para quem deseja crescer em 2025 e nos próximos anos.

A estratégia não precisa ser complexa ou cara, mas precisa ser consistente. Com planejamento, ferramentas acessíveis e foco no cliente, é possível atrair mais contratos e consolidar a marca no setor.

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Gustavo Ferrari
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